Comércio e Consumo de Ostras da BaÃa de Guaratuba São Proibidos Após Detecção de Toxina
- 28/07/2024
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Comércio e Consumo de Ostras da BaÃa de Guaratuba São Proibidos Após Detecção de Toxina
Guaratuba, PR - A Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (Sesa PR) determinou, nesta sexta-feira (26), a proibição, por tempo indeterminado, do comércio e consumo de ostras, mexilhões, vieiras e berbigões cultivados ou extraÃdos da baÃa de Guaratuba. A decisão foi tomada após a detecção da ficotoxina ácido ocadáico (DSP) em nÃveis superiores ao permitido pela legislação federal em amostras de ostras da região.
Medidas Preventivas
A Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (ADAPAR) informou que a presença da ficotoxina DSP foi confirmada através de exames laboratoriais. Por iniciativa dos próprios produtores de Guaratuba, a retirada das ostras dos meios de cultivo já estava suspensa desde o inÃcio das investigações. A ADAPAR reforçou a orientação para que os produtores não realizem a retirada e comercialização das ostras até segunda ordem.
Entendendo a Maré Vermelha
Segundo a Sesa, a toxina DSP é produzida por microalgas marinhas que, em casos de proliferação excessiva, causam o fenômeno conhecido como maré vermelha. Este fenômeno é temporário e caracteriza-se pela mudança na coloração da água para um tom avermelhado. Durante a maré vermelha, os moluscos, ao se alimentarem dessas microalgas, podem se contaminar com a toxina.
Resultados das Análises
Duas amostras de ostras foram coletadas na baÃa de Guaratuba. Uma delas apresentou 183,8µg/kg de equivalentes ao ácido ocadáico, ultrapassando o limite máximo permitido para consumo, que é de 160µg/kg. A outra amostra estava dentro do limite, com 157,5µg/kg.
A floração de algas e os elevados nÃveis de ficotoxinas já haviam sido observados em cultivos no estado vizinho de Santa Catarina, o que levou a ADAPAR a realizar as coletas em Guaratuba e enviar as amostras para análise no laboratório de referência do Ministério da Agricultura e do Abastecimento.
Perigos para a Saúde
A toxina DSP pode causar sérios problemas de saúde aos consumidores, incluindo dores abdominais, náuseas, vômitos e diarreia. Novas amostragens serão realizadas na próxima semana para avaliar os nÃveis de contaminação e determinar quando a retirada e o consumo dos moluscos poderão ser liberados novamente. Consumidores que apresentarem sintomas devem procurar atendimento na unidade de saúde mais próxima e notificar a Vigilância Epidemiológica ou a Vigilância Sanitária municipal.
Conclusão
A proibição visa proteger a saúde pública enquanto as autoridades monitoram e controlam a situação. A colaboração dos produtores e a atenção dos consumidores são essenciais para garantir a segurança alimentar e a saúde da população.