O governador Ratinho Júnior é considerado um forte candidato à presidência da República nas eleições de 2026.

24/09/2023
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Sua estratégia política está sendo cuidadosamente planejada, assemelhando-se a um jogo de xadrez, onde cada movimento é meticulosamente estudado. O arquiteto por trás dessa estratégia é Gilberto Kassab, ex-prefeito de São Paulo e presidente nacional do PSD, partido político de Ratinho Júnior.

A abordagem de Kassab baseia-se na ideia de que o governador de São Paulo, Tarcisio de Freitas, não pode abandonar seu cargo no estado mais importante do Brasil para se candidatar à presidência. Isso, segundo Kassab, resultaria em uma grande rejeição a Tarcísio, que deveria concorrer a um segundo mandato antes de buscar a presidência.

Por outro lado, Romeu Zema, governador de Minas Gerais, já está em seu segundo mandato e poderia ser uma opção viável, mas enfrenta desafios devido ao Partido Novo, que possui pouco tempo de televisão e uma plataforma política menos atraente para alianças. Além disso, as declarações de Zema criticando o Nordeste brasileiro geraram indignação e rejeição, praticamente inviabilizando sua candidatura.

Ratinho Júnior, governador do Paraná, surge como uma alternativa atraente para a direita brasileira, especialmente se Tarcisio e Zema não entrarem na corrida presidencial. Kassab destaca as qualidades de Ratinho, incluindo sua boa avaliação, a ausência de escândalos de corrupção em seu governo, habilidade natural para formar alianças e sua capacidade de agradar a diversas facções políticas. Ratinho Júnior também se alinhou com Jair Bolsonaro durante a campanha e é visto como um herdeiro de seu apoio, mantendo uma distância de Lula, que o está cortejando publicamente.

Na visão de Kassab, Ratinho Júnior seria a melhor escolha para enfrentar Lula. Ele é jovem, lidera o quarto maior estado econômico do Brasil e poderia incluir um político do Nordeste em sua chapa, criando uma candidatura equilibrada. Kassab acredita que, após três mandatos, Lula estaria desgastado e enfrentaria desafios devido à idade e a erros econômicos. O Brasil demonstrou um desejo pelo centro político, evitando radicalismos, e Ratinho Júnior poderia capitalizar esse sentimento.

Além disso, Ratinho Júnior tem a vantagem de não ter interesse no Legislativo, pois sua situação financeira pessoal está bem estabelecida. Ele poderia se dar ao luxo de renunciar a um mandato de senador em busca de algo maior. Não seria surpreendente se Lula o convidasse para ser seu vice, substituindo Geraldo Alckmin. A política é a arte de tornar possíveis coisas que parecem impossíveis.

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