Ferry Boat, Trabalhadores da travessia rejeitam a proposta da empresa e decidem iniciar uma greve
- 10/09/2023
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Trabalhadores da travessia rejeitam a proposta da empresa e decidem iniciar uma greve
A greve foi programada para iniciar às 0h deste domingo (10). Os trabalhadores da travessia na Baía de Guaratuba optaram por essa ação após uma assembleia realizada no dia 9.
De acordo com informações divulgadas pelo SETTA-PAR (Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Marítimos e Fluviais e Empregados Terrestres de Empresas Aquaviárias, Agenciadoras Marítimas e Atividades Afins no Estado do Paraná), a proposta apresentada pela Internacional Marítima não foi bem recebida pelos trabalhadores, que decidiram, por unanimidade, deflagrar a greve.
Os funcionários solicitaram um aumento salarial de 15% e um vale-alimentação no valor de R$ 900. A empresa, por sua vez, ofereceu um reajuste de 8% e um vale de R$ 420. Em resposta, os trabalhadores fizeram uma contraproposta de 13,5% de reajuste e um vale de R$ 700. Agora, aguardam a resposta da Internacional Marítima durante o período de greve.
Durante os próximos dias, apenas 30% da equipe estará em operação, utilizando apenas uma balsa para a travessia. A empresa e as autoridades foram notificadas por meio de um ofício.
Contrato
Em 10 de agosto, a Internacional Marítima teve seu contrato para operar na Baía de Guaratuba renovado, no valor de R$ 131 milhões, com duração de 25 meses.
Somente em 2022, o Governo do Paraná investiu mais de R$ 80 milhões no serviço de ferry-boat, totalizando mais de R$ 200 milhões.
Posição da empresa
A Internacional Marítima emitiu um comunicado em relação à greve. Na nota, a empresa afirmou que sempre esteve disposta a negociar e que tomará medidas para garantir a continuidade da operação.
Segue o comunicado na íntegra:
"Aos
Cidadãos em Geral e aos Usuários do Sistema de Travessia de Guaratuba/PR
Sem qualquer comentário desfavorável, opinião pessoal ou sugestão indireta de conduta aos seus funcionários ou a qualquer outra pessoa, em respeito ao direito constitucional de greve, a atual operadora do Sistema de Travessia de Guaratuba/PR tem o dever de apresentar informações precisas e concretas sobre os eventos que antecedem o comunicado de paralisação do referido Sistema, a partir das 00 horas deste domingo, dia 10/09/2023.
Em fevereiro de 2022, a empresa INTERNACIONAL MARÍTIMA LTDA foi convocada para assumir os serviços do Sistema devido à caducidade do contrato da operadora anterior, assumindo, de forma emergencial, todas as atividades relacionadas.
Naquela época, os trabalhadores que atuavam no sistema não tinham benefícios como auxílio alimentação e plano de saúde, e as horas extras não eram registradas adequadamente, o que resultava em problemas trabalhistas graves, além dos frequentes atrasos nos salários pela operadora anterior.
Portanto, foi apenas em 11 de agosto deste ano que, por meio de um processo licitatório regular e lícito, a empresa iniciou a administração do sistema por contrato, no valor de R$ 131 milhões, com duração de 25 meses.
Desde então, as negociações coletivas com o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Marítimos e Fluviais e Empregados Terrestres de Empresas Aquaviárias, Agenciadoras Marítimas e Atividades Afins do Estado do Paraná – SETTAPAR, se concentraram principalmente em questões salariais e auxílio alimentação.
Inicialmente, os trabalhadores representados pelo sindicato solicitaram um aumento de 15% nos salários e um auxílio alimentação de R$ 900, elevando o benefício em 360% em relação aos R$ 250 anteriormente concedidos.
Visto que não foi possível atender a essas reivindicações, a empresa voluntariamente concedeu um reajuste de 8% nos salários e aumentou o valor do auxílio alimentação de R$ 250 para R$ 300, ambos a partir de 1º de setembro deste ano.
No entanto, o sindicato, discordando da oferta, convocou uma assembleia geral extraordinária com um grupo de trabalhadores em 6 de setembro, na qual manifestaram sua resistência por meio do Ofício nº 009/023, reafirmando as demandas iniciais de reajuste de 15% nos salários e auxílio alimentação de R$ 900, com ameaça de greve após 72 horas.
Apesar de o referido ofício mencionar um "impasse negocial" e afirmar que "todas as formas de negociação se esgotaram", a empresa não encerrou as negociações e sempre esteve disposta a dialogar e encontrar um acordo mutuamente benéfico.
Por isso, a empresa respondeu ao ofício com uma nova proposta de reajuste de 8,5% nos salários de setembro de 2023 e um auxílio alimentação de R$ 350 mensais, com efeito a partir de setembro de 2023.
A pedido do sindicato, a empresa participou de uma reunião virtual para esclarecimentos e discussões em 8 de setembro de 2023. Durante a reunião, o sindicato sugeriu que o reajuste salarial fosse mantido em 8%, mas que o valor do auxílio alimentação fosse aumentado para R$ 500 mensais.
Em um esforço adicional, a empresa enviou uma nova proposta, mantendo o reajuste de 8% nos salários a partir de setembro de 2023, em comparação com a inflação oficial de 5,71%, e concedendo um auxílio alimentação de R$ 420 mensais.
No entanto, por meio do Ofício nº. 015/2022, enviado às 18:22, o sindicato informou que os trabalhadores não aceitaram a última proposta da empresa e que iniciarão a greve a partir das 00 horas de domingo, dia 10/09/2023, buscando forçar a empresa a aceitar a demanda dos trabalhadores, que agora é um reajuste de 13,5% e um auxílio alimentação de R$ 700
Fonte: Portal da cidade
fabio
10/09/2023
reivindicar tudo bem, mas parara em pleno domingo de retorno das famílias que vieram gastar seu dinheiro na cidade, ai esta errado