Os registros em áudio foram recuperados a partir de minifitas cassetes pelo jornalista Ivan Mizanzuk e vieram à luz como parte de uma série documental veiculada na Globoplay, a qual tem como base o podcast "Projeto Humanos".

Tais gravações lançam luz sobre a possibilidade de que os réus tenham emitido confissões a respeito dos alegados delitos sob coerção, além de terem sido direcionados a realizar essas confissões mediante instruções.

Em um prazo de quinze dias, os desembargadores deverão proceder à análise substancial do requerimento de revisão criminal, ponderando o impacto que esses novos elementos probatórios poderão ter sobre o processo.

O colegiado tomou a decisão de autorizar o uso das gravações com uma votação de três a dois. De acordo com informações do TJ-PR, os desembargadores Miguel Kfouri Neto e Lidia Maejima manifestaram voto contrário, sustentando a necessidade de uma perícia prévia para verificar a autenticidade dos áudios.

Por outro lado, os desembargadores Gamaliel Seme Scaff, Adalberto Xisto Pereira e o desembargador substituto, juiz Sergio Luiz Patitucci, optaram pelo apoio à admissibilidade dos áudios, argumentando que esses devem ser considerados verídicos em consonância com o princípio do contraditório.

As gravações divulgadas expõem as confissões dos acusados, a saber, Beatriz Abagge, Osvaldo Marcineiro, Davi dos Santos Soares e Vicente de Paula. Os quatro foram sentenciados por envolvimento no sequestro e homicídio do jovem Evandro.